Estamos comemorando nessa primeira semana de agosto a Semana Mundial de Aleitamento Materno, e nesse ano a madrinha da campanha é a Dira Paes e o tema da campanha e APOIO.
Eu sou fã de carteirinha da amamentação e só eu sei tudo que passei para chegar onde cheguei e com certeza o apoio do meu marido fez toda a diferença.
Todas as mães blogueiras são convidadas a blogar sobre amamentação nessa semana, inclusive aquelas que não amamentaram, etc, o que vale é discutir o tema, então bora lá meninas. Segue o meu relato:
“Cada conquista vale muito, mesmo que o resultado não seja tão grande como o esperado.”
Eu sonhei em ter filhos, em dar a luz a meus filhos e amamentá-los, muito, muito, muito.
E veio a Isabella, apesar de toda vontade, faltou incentivo, apoio, um pouquinho de sorte e ajuda da natureza e após 48 horas em trabalho de parto, acabei na cesárea. Exausta, com sono e fome, (eu não comia nem dormia a 48 horas) a Isabella só veio mamar mais de 4 horas após o parto, dorminhoca que só nem ligou, colocou a boquinha no peito, não sugou, dormiu e eu também.
No dia seguinte muito colostro, e Isabella não mamando e só dormindo, e toca cutucar aqui e ali.
Tivemos alta, e em casa mamava de 3 em 3 horas e a noite só acordava para mamar uma vez, um doce de bebê, serena era o que resumia minha filha. Dores era a palavra que me resumia, tinha que morder uma fralda para amamentar Isabella, a pega estava correta, mesmo assim, peito rachado, com bolhas, sangrando mesmo, mil pomadas, receitas caseiras, palpites sobre o peito que não enchia e eu de saco cheio já tinha dito, pode cair o bico, pode falar que eu não tenho leite que eu não paro de te amamentar minha filha.
Com 15 dias a primeira consulta, pediatra louca (daquelas que não sei como tem CRM), Isabella não engordou nada, nada.
- Mãezinha (arghhhhh) você está matando a sua filha de fome, ela está desnutrida, de hoje em diante a cada mamada vc dá 60 ml de fórmula.
Eu sai do consultório aos prantos, e ao mesmo tempo disposta a tudo para conseguir amamentar minha filha, de lá fui direto a um banco de leite, mas não tive apoio nenhum lá, ao contrário uma das enfermeiras responsáveis veio me dizer que criou a filha com leite artificial e ela era muito saudável etc. Dane-se eu não quero só saúde, eu quero afeto, amor, contato e carinho, pois a amamentação pra mim sempre foi acima de tudo amor. Procurei outro pediatra, examina bebê, corado, olhos brilhantes, boca salivando muito. Mais15 dias de prazo para a minha filha ganhar peso sem complemento. Eu em parafuso, só chorava, não conseguia nem curtir a minha filha.
Foi então que após alguns dias e 1 mamadeira de fórmula que o marido deu após o primeiro choro continuo dela, pois eu me recusei até a olhar aquela cena, encontrei a Fabiola e a Matrice, falei com ela umas 3 vezes ao telefone, sempre solicita me atendia e ouviu meus lamentos e choros, participei de uma reunião e decidi, de hoje em diante é só peito e nós vamos nos entender custe o que custar, eu consegui me acalmar após a reunião, parei de chorar e comecei a curtir as mamadas, doloridas demais ainda, mas conversava com minha filha e dizia que aquele era o seu alimento, que eu produzia, ele era perfeito. Eu estava mais tranqüila, mas não consegui abandonar os remédios e chás que eu estava tomando para aumentar a produção. Com um mês, nova consulta, Isabella engordou 580 gramas e eu me senti mais aliviada. Resolvi viajar para colocar a cabeça definitivamente em ordem, quando volto a surpresa.
Isabella com febre, emergência de hospital, exames, MENINGITE.
Nos 14 dias que ela esteve internada, ela mamou muito, devido a medicação tinha muita diarréia e mesmo assim ganhava peso considerável, eu ficava orgulhosa demais cada vez que a copa batia na nossa porta com as mamadeiras e eu recusava dizendo que ela mamava no peito, até que desistiram. Até cogitaram dar complemento para ajudar a segurar um pouco as fezes, eu disse se derem eu removo ela daqui. Não bastava tanto remédio, tanta picada, cateter, desconforto estomacal, UTI, exames ainda queriam tirar dela o meu amor em forma de leite. Não, não e não. Nesses 14 dias não sai do lado dela 1 segundo, devido ao stress, tensão sei lá, os peitos racharam e muito novamente, mas continuamos bem e eu firme no meu propósito, mas o medo de faltar leite a ela era tanto que eu continuava tomando o remedinho.
Após a alta tudo tomou seu rumo, meus seios definitivamente melhoraram após quase 3 meses, Isabella engordava, não muito, mas o necessário e saudável para bebês amamentados exclusivamente, e eu estava nas nuvens, abandonei o remedinho e seguia feliz.
Com quatro meses Isabella começou a recusar o peito, mamar muito rápido e menos vezes ao dia, eu novamente fiquei apreensiva, volta remedinho. Como eu retornaria ao trabalho qdo ela fizesse 5 meses, comecei a estocar leite, aluguel uma Medela, mas me acertei mesmo foi com a ordenha manual. Mas o desinteresse e brigas com o peito continuaram, mesmo sem dar nem água, as vezes ela dormia sem mamar pq não pegava de jeito nenhum.
Com 4,5 tentei introduzir os sucos, para dar um intervalo com as mamadas, eu não consegui estocar muito leite e tinha medo dela ficar com fome na minha ausência, ela não aceitou tomava no máximo 20 ml, e então com 5 meses introduzi o almoço que ela aceitou de imediato e comeu super bem. Ela mamava de manhã antes da minha saída, mais uma mamada do estoque, almoçava e eu chegava para a mamada da tarde, pois até ela completar 6 meses eu trabalharia meio período, e no trabalho eu tirava mais uma mamada, não era fácil, não tinha local adequado, eu tirava no banheiro, em pé e guardava no frigobar da sala de reunião e levava no isopor com gelo. E assim fomos com o LM até os seis meses, não exclusivo, mas foi o que conseguimos. A recusa pelo peito passou a ser para o leite em geral, incluindo a mamadeira, tentamos no copinho, no canudinho e nada ela não queria mais leite, nem sucos, só papinha salgada, banana e pêra, o peito as vezes. Tentamos outros leites e nada o problema era o leite em si. Com muito custo ela passou a aceitar 30 ml de uma fórmula conhecida da potência leiteira pois eu não conseguia mais ordenhar no trabalho devido as férias da minha colega. Aos poucos ela foi aceitando mais até chegar a 150 ml, o peito ela aceitou até os 8 meses, tentei oferecer várias outras vezes, mas a recusa era imediata.
Realizada, eu posso dizer que sim, fiz o meu melhor, amamentei a Isabella só com meu leite até os 6 meses, a causa do desmame precoce eu ainda não sei, pois o desinteresse já era notado muito antes da mamadeira, Hoje com 1 ano e um mês a Isabella é uma criança, linda, saudável não fica doente nunca, esperta, arteira, continua detestando sucos e frutas (só come pêra e banana) e amando comida salgada, verduras e legumes em geral. O leite até hoje é causa de revelias, toma 400 ml por dia, as vezes nem isso. Mas cresce e se desenvolve como esperado pela pediatra atual dela que sabe respeitar o biótipo dela, tem 9.185 Kg e 77,5 cm.
Lições, a de LUTAR e ir até o fim em busca daquilo que se ACREDITA e DESEJA. INFORMAÇÂO é a base de tudo. Bebê gordo, não é bebê SAUDÁVEL. Existem PEDITRAS e pediatras. LEITE MATERNO é ALIMENTO, REMÉDIO, DOAÇÃO, CARINHO, CONTATO, AMOR, AMOR E AMOR e o seu corpo sabe a proporção que precisa fabricar esse amor.
Priscila, assessora financeira, mamãe da Isabella, 1 ano e dois meses.
Eu sonhei em ter filhos, em dar a luz a meus filhos e amamentá-los, muito, muito, muito.
E veio a Isabella, apesar de toda vontade, faltou incentivo, apoio, um pouquinho de sorte e ajuda da natureza e após 48 horas em trabalho de parto, acabei na cesárea. Exausta, com sono e fome, (eu não comia nem dormia a 48 horas) a Isabella só veio mamar mais de 4 horas após o parto, dorminhoca que só nem ligou, colocou a boquinha no peito, não sugou, dormiu e eu também.
No dia seguinte muito colostro, e Isabella não mamando e só dormindo, e toca cutucar aqui e ali.
Tivemos alta, e em casa mamava de 3 em 3 horas e a noite só acordava para mamar uma vez, um doce de bebê, serena era o que resumia minha filha. Dores era a palavra que me resumia, tinha que morder uma fralda para amamentar Isabella, a pega estava correta, mesmo assim, peito rachado, com bolhas, sangrando mesmo, mil pomadas, receitas caseiras, palpites sobre o peito que não enchia e eu de saco cheio já tinha dito, pode cair o bico, pode falar que eu não tenho leite que eu não paro de te amamentar minha filha.
Com 15 dias a primeira consulta, pediatra louca (daquelas que não sei como tem CRM), Isabella não engordou nada, nada.
- Mãezinha (arghhhhh) você está matando a sua filha de fome, ela está desnutrida, de hoje em diante a cada mamada vc dá 60 ml de fórmula.
Eu sai do consultório aos prantos, e ao mesmo tempo disposta a tudo para conseguir amamentar minha filha, de lá fui direto a um banco de leite, mas não tive apoio nenhum lá, ao contrário uma das enfermeiras responsáveis veio me dizer que criou a filha com leite artificial e ela era muito saudável etc. Dane-se eu não quero só saúde, eu quero afeto, amor, contato e carinho, pois a amamentação pra mim sempre foi acima de tudo amor. Procurei outro pediatra, examina bebê, corado, olhos brilhantes, boca salivando muito. Mais15 dias de prazo para a minha filha ganhar peso sem complemento. Eu em parafuso, só chorava, não conseguia nem curtir a minha filha.
Foi então que após alguns dias e 1 mamadeira de fórmula que o marido deu após o primeiro choro continuo dela, pois eu me recusei até a olhar aquela cena, encontrei a Fabiola e a Matrice, falei com ela umas 3 vezes ao telefone, sempre solicita me atendia e ouviu meus lamentos e choros, participei de uma reunião e decidi, de hoje em diante é só peito e nós vamos nos entender custe o que custar, eu consegui me acalmar após a reunião, parei de chorar e comecei a curtir as mamadas, doloridas demais ainda, mas conversava com minha filha e dizia que aquele era o seu alimento, que eu produzia, ele era perfeito. Eu estava mais tranqüila, mas não consegui abandonar os remédios e chás que eu estava tomando para aumentar a produção. Com um mês, nova consulta, Isabella engordou 580 gramas e eu me senti mais aliviada. Resolvi viajar para colocar a cabeça definitivamente em ordem, quando volto a surpresa.
Isabella com febre, emergência de hospital, exames, MENINGITE.
Nos 14 dias que ela esteve internada, ela mamou muito, devido a medicação tinha muita diarréia e mesmo assim ganhava peso considerável, eu ficava orgulhosa demais cada vez que a copa batia na nossa porta com as mamadeiras e eu recusava dizendo que ela mamava no peito, até que desistiram. Até cogitaram dar complemento para ajudar a segurar um pouco as fezes, eu disse se derem eu removo ela daqui. Não bastava tanto remédio, tanta picada, cateter, desconforto estomacal, UTI, exames ainda queriam tirar dela o meu amor em forma de leite. Não, não e não. Nesses 14 dias não sai do lado dela 1 segundo, devido ao stress, tensão sei lá, os peitos racharam e muito novamente, mas continuamos bem e eu firme no meu propósito, mas o medo de faltar leite a ela era tanto que eu continuava tomando o remedinho.
Após a alta tudo tomou seu rumo, meus seios definitivamente melhoraram após quase 3 meses, Isabella engordava, não muito, mas o necessário e saudável para bebês amamentados exclusivamente, e eu estava nas nuvens, abandonei o remedinho e seguia feliz.
Com quatro meses Isabella começou a recusar o peito, mamar muito rápido e menos vezes ao dia, eu novamente fiquei apreensiva, volta remedinho. Como eu retornaria ao trabalho qdo ela fizesse 5 meses, comecei a estocar leite, aluguel uma Medela, mas me acertei mesmo foi com a ordenha manual. Mas o desinteresse e brigas com o peito continuaram, mesmo sem dar nem água, as vezes ela dormia sem mamar pq não pegava de jeito nenhum.
Com 4,5 tentei introduzir os sucos, para dar um intervalo com as mamadas, eu não consegui estocar muito leite e tinha medo dela ficar com fome na minha ausência, ela não aceitou tomava no máximo 20 ml, e então com 5 meses introduzi o almoço que ela aceitou de imediato e comeu super bem. Ela mamava de manhã antes da minha saída, mais uma mamada do estoque, almoçava e eu chegava para a mamada da tarde, pois até ela completar 6 meses eu trabalharia meio período, e no trabalho eu tirava mais uma mamada, não era fácil, não tinha local adequado, eu tirava no banheiro, em pé e guardava no frigobar da sala de reunião e levava no isopor com gelo. E assim fomos com o LM até os seis meses, não exclusivo, mas foi o que conseguimos. A recusa pelo peito passou a ser para o leite em geral, incluindo a mamadeira, tentamos no copinho, no canudinho e nada ela não queria mais leite, nem sucos, só papinha salgada, banana e pêra, o peito as vezes. Tentamos outros leites e nada o problema era o leite em si. Com muito custo ela passou a aceitar 30 ml de uma fórmula conhecida da potência leiteira pois eu não conseguia mais ordenhar no trabalho devido as férias da minha colega. Aos poucos ela foi aceitando mais até chegar a 150 ml, o peito ela aceitou até os 8 meses, tentei oferecer várias outras vezes, mas a recusa era imediata.
Realizada, eu posso dizer que sim, fiz o meu melhor, amamentei a Isabella só com meu leite até os 6 meses, a causa do desmame precoce eu ainda não sei, pois o desinteresse já era notado muito antes da mamadeira, Hoje com 1 ano e um mês a Isabella é uma criança, linda, saudável não fica doente nunca, esperta, arteira, continua detestando sucos e frutas (só come pêra e banana) e amando comida salgada, verduras e legumes em geral. O leite até hoje é causa de revelias, toma 400 ml por dia, as vezes nem isso. Mas cresce e se desenvolve como esperado pela pediatra atual dela que sabe respeitar o biótipo dela, tem 9.185 Kg e 77,5 cm.
Lições, a de LUTAR e ir até o fim em busca daquilo que se ACREDITA e DESEJA. INFORMAÇÂO é a base de tudo. Bebê gordo, não é bebê SAUDÁVEL. Existem PEDITRAS e pediatras. LEITE MATERNO é ALIMENTO, REMÉDIO, DOAÇÃO, CARINHO, CONTATO, AMOR, AMOR E AMOR e o seu corpo sabe a proporção que precisa fabricar esse amor.
Priscila, assessora financeira, mamãe da Isabella, 1 ano e dois meses.
Mais informações:
Beijos e ótimo fds